Veronese II – Cia Senhas se expõe ao risco, por Luciana Romagnolli

 

Circo Negro 05  foto Rosano Mauro

 

Enquanto o Espanca! se reencontra no drama familiar borrado pelo absurdo de “O Líquido Tátil”, que encerra temporada hoje em BH, a Cia Senhas avança em sua própria jornada com “Circo Negro”, um espetáculo que se constitui como um desafio formal e estético ao qual a diretora Sueli Araújo responde com maturidade criativa. Como ouvi de um crítico paulista ontem, este é o trabalho ideal para que a companhia curitibana rompa a timidez e ultrapasse as fronteiras paranaenses. Concordo plenamente. Está mais do que na hora de mostrar-se a outros públicos.

“Circo Negro” (1996) é um texto-manifesto de Daniel Veronese para seu então grupo El Periférico de Objetos. Segundo conta, sua preocupação era a “possibilidade de discernir publicamente se para representar a morte era preferível usar um ator ou um boneco”. Diz também que a peça “apresentava inumeráveis combates corpo a corpo de atores com seus bonecos: a luta por um lugar privilegiado na cena. Uma indagação sobre o dominador x o dominado, sobre a exposição dos múltiplos artifícios do fenômeno teatral (antes de entrar no verdadeiro corpo do circo negro, um ator introduz uma irônica lista de conselhos para poder atuar com propriedade)”.

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Leia a crítica na íntegra aqui.